O livro "Os Sertões" de Euclides da Cunha foi publicado no ano de 1902. Seu tema é a Guerra de Canudos, que ocorreu no interior da Bahia. Euclides da Cunha havia presenciado uma parte da guerra como jornalista do jornal O Estado de S. Paulo, e, ao voltar, escreve um dos maiores livros já escrito por um brasileiro, Os Sertões.
É um livro de Sociologia, História, Geografia, crítica humana, e também uma epopéia da vida sertaneja.
O livro é, basicamente, dividido em três grandes partes: a Terra, o Homem e a Luta.
A Terra:
Nessa primeira parte, são estudados o relevo, o solo, o clima, a flora e a fauna da região nordestina. Euclides da Cunha afirmou que nada supera a calamidade do sertão: a seca.
O Homem:
O determinismo afirmava que o homem sofria influência do meio (geografia), da raça (hereditáriedade) e do momento histórico (cultura). Nessa parte, o autor faz uma análize brilhante da psicologia do sertanejo e de seus costumes. É nessa parte que Euclides da Cunha foca o Antônio Conselheiro.
A revolta é vista como fruto da grave crise econômica e social da região, marcada por secas cíclicas, latifúndios improdutivos, desemprego e fé numa salvação milagrosa que pouparia os habitantes da região do sofrimento. Essa crença, como mostra Euclides, começou a ser explorada pela imprensa e pelo clero como uma tentativa de retomar a monarquia, jogando a opinião pública contra os seguidores da revolta.
A Luta:
Fala da Guerra de Canudos em si, do seu início até seu fim, baseada em suas anotações. Euclides da Cunha aponta ainda em seu texto: "Canudos não se rendeu, mas resistiu até seus últimos defensores: um velho, dois adultos e uma criança, vencidos por uma força muito maior e mais violenta".
Grande autor ,grande livro.
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